Quem gosta de um bom Dry Martini sabe quanto simples ele é. Porém qualquer descuido na hora da preparação pode significar um desastre total no final. O Dry tem um segredo: ele não pode ser aguado, caso contrário, perde a graça. É um drink forte, ótimo para abrir o apetite.
SERVE … 1
INGREDIENTES
Gin (a marca vai depender muito do gosto do cliente, eu gosto muito do Tanqueray Ten)
Vermute seco (o mais usado é o Noilly Prat)
Gelo… muito gelo
Uma, duas ou três azeitonas para acompanhar
MODO DE PREPARO
Primeiro, gele a taça e a coqueteleira. Você pode colocar as duas no freezer por dez minutinhos ou se preferir, coloque gelo com água em ambos, até gelarem. Neste caso, não use o mesmo gelo pra gelar e produzir o drink.
Com a coqueteleira gelada, adicione bastante gelo, duas gotas de Noilly Prat. Duas gotas, sacou? Não mais, caso contrário o gosto dele pode predominar. Adicione duas doses de gin e mexa com uma bailarina. Eu prefiro apenas mexido, acho que fica menos aguado, mas muita gente gosta dele chacoalhado. É o famoso dilema: shaken or stirred? Mexa ela o suficiente para gelar o gin mas não muito, pois aí o gelo derrete muito.
Em seguida, sirva o drink na taça gelada. Adicione as azeitonas e pronto. Seu Dry está pronto para ser apreciado. Se preferir, pode servir ele com um twist de limão ao invés das azeitonas. Aí vai depender do gosto do freguês. Vejam que a receita é bem fácil, mas tem alguns truques que precisam ser seguidos para servir o drink gelado.
Um fato interessante sobre o Dry Martini envolve o ex primeiro-ministro inglês Winston Churchill. Ele era um fervoroso apreciador deste drink e dizia que a quantidade de vermute necessária em um Dry era essa: ele virava para o Canal da Mancha (canal que separa a Inglaterra e a França, afinal o vermute é francês) e dizia em voz alta: vermute! Piadinhas a parte, ele bebia o drink sem o vermute. Existe esta escola de pensamento também. Já fiz algumas vezes assim. Fica ótimo!
Veja alguns exemplos de modificações da receita que podem ser feitos também:
Para um toque aromático, coloque um raminho de alecrim.
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No jardim, de noite, fica ainda mais gostoso!
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Com o gin Beefeater fica bom também!
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Conhece aquele ditado: quem não tem cão, caça como gato? Então, não tem taça de Dry Martini? Faça no copo normal. Perde um pouco a graça, mas ainda assim é um Dry Martini!
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Para mais, veja os Os 10 melhores Dry Martinis de São Paulo e uma nova tendência em Nova York que é o Dry Martini com refil.
📷 João Junqueira